Mercado de feijão perde fôlego em outubro e enfraquece preços no Brasil

De acordo com dados divulgados pelo Cepea em 3 de novembro de 2025, o mercado de feijão no Brasil experimentou uma desaceleração significativa ao longo do mês de outubro, contrastando com o maior movimento registrado em setembro. Essa lentidão no ritmo das negociações resultou em um enfraquecimento geral dos preços do grão, impactando produtores e compradores em diversas regiões. O Cepea, centro de estudos avançados em economia aplicada ligado à Universidade de São Paulo, destacou que o cenário reflete dinâmicas sazonais e econômicas que influenciam a cadeia de suprimentos alimentares. Agentes do setor consultados pela entidade observaram que, apesar da tendência de queda nos valores, alguns vendedores optaram por manter posturas firmes, especialmente aqueles que ainda possuíam lotes de feijão com qualidades superiores. Essa estratégia visa preservar margens de lucro em um período de baixa demanda, evitando vendas precipitadas que poderiam agravar a depreciação dos preços.

Essa dinâmica no mercado de feijão pode ter implicações mais amplas para a economia agrícola brasileira, uma vez que o grão é um componente essencial na cesta básica de alimentos. Com o enfraquecimento dos preços, produtores enfrentam desafios para equilibrar custos de produção e receitas, o que reforça a necessidade de monitoramento contínuo por parte de entidades como o Cepea. Os vendedores que detêm estoques de melhor qualidade demonstram uma abordagem cautelosa, resistindo à pressão do mercado para reduções imediatas, o que sugere uma expectativa de recuperação no curto prazo. Esse comportamento reflete não apenas estratégias individuais, mas também o contexto mais amplo de volatilidade nos mercados de commodities agrícolas, influenciado por fatores como variações climáticas e padrões de consumo.

Embora outubro tenha sido marcado por essa lentidão, o contraste com o mês anterior indica ciclos flutuantes que demandam atenção de policymakers para garantir estabilidade no setor. O Cepea continua a consultar agentes para fornecer análises precisas, ajudando a orientar decisões no agronegócio brasileiro.

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